(sem título)
Hoje aconteceram umas quantas coisas que me fizeram querer tocar em um assunto que há muito eu penso em escrever, mas como é um tanto cabeludo, eu sempre evitei. Mas vamos a ele:
Temos que tentar compreender o comportamento humano. Certo? Começemos pelo mais básico: as vontades e os anseios. Partirei do seguinte axioma: "toda e qualquer decisão tem como propósito final o prazer individual." Antes que me queimem e esquartejem (não necessariamente nessa ordem), sob acusações de maquiavelismo inescrupuloso, permitam-me que me justifique. Todas as decisões são egoístas, mas não há nada de errado nisto. Como não? Quando se doa um órgão, por exemplo (é agora o exemplo de maior 'altruísmo' que eu consigo imaginar), a atitude é linda, de uma humanidade indiscutível. O doador tomou essa decisão por egoísmo? Sim. Ele tomou esta decisão porque sua vontade particular dizia que ele deveria ver aquela pessoa feliz. Porque _ele_ ficaria feliz quando visse o outro contente. O órgão não foi doado _para_ ver o receptor saudável, mas vê-lo saudável causa felicidade no doador, o que justifica o ato (para quem doa). Precisamos fazer uma claríssima distinção entre causa e conseqüência (confundí-las é uma das maiores chagas da humanidade). Nem todas as atitudes egoístas devem resultar em danos para as outras pessoas, e aí está a beleza disso tudo.
Passada esta introdução, quero falar-vos um pouco, e de maneira pouco específica (não posso dar muitos detalhes porque são coisas que confiaram a mim), sobre o que me aconteceu para eu escrever este monte de bobagens sociológicas. Eu fui feito de idiota por dois amigos meus (não sei se intencionalmente) esses dias. Na verdade já faz um tempo, mas não vem ao caso, pois o assunto ressurgiu hoje. Basicamente, eu fiz uma coisa que ajudou muito uma pessoa. Eles também ajudaram esta pessoa, mas de forma...diferente. O que me irritou é que a ajuda deles foi devidamente reconhecida, e a minha, de igual importância, passou desapercebida. Chamem-me de hipócrita se quiserem, mas reconhecimento é importante para mim sim, e aposto que também é para todo mundo (só que tem gente que tem a cara dura de dizer "que não se importa com reconhecimento").
Agora é que vem a chave do negócio... Minha ajuda se torna menos "bonita" se eu queria algo individualista em troca? Ou, traduzindo, o doador de um rim, ao admitir que doou este órgão porque _ele_, individualmente, queria satisfação própria faz sua atitude ser menos louvável? Acho que não né.. a ajuda, assim como a doação, deve ser julgada pelo quão importante ela foi para quem recebeu (obviamente uma ajuda boa é aquela que melhora bastante a situação do outro), e não pelas intenções de quem a praticou.
Não me interpretem mal, though. Aqueles que são meus amigos sabem que, se necessário, eu vou me fazer de idiota mais milhões de vezes pra ajudá-los, mesmo sem reconhecimento. E, antes que digam que eu caí em contradição, explico: Vou ajudá-los porque quando eu faço isso eu tenho uma sensação prazerosa dentro de mim. O reconhecimento também é bom, mas esta sensação já basta para que eu faça a coisa "certa". Eu ajudo os outros porque EU gosto, e by the way, gosto mais ainda quando reconhecem. Então tratem de reconhecer!
Na finaleira... pode parecer meio que masoquismo me jogar em situações nas quais eu passo por idiota em prol de ajudar meus amigos, sem que eles fiquem sabendo. Mas eu gosto (individualmente e "egoísticamente") de olhar para eles e pensar "vocês dependem de mim, mesmo que não admitam ou nem sequer saibam".
Agora, como eu finalmente escrevi uma coisa polêmica que há muito queria botar, sintam-se à vontade de me xingar.
--- Seção "Do dia" ---
Música do dia: Frank Sinatra - Fly me to the Moon
Piada do dia:
Um cara está perdido na China, quase morrendo de fome e sede. Então ele avista, no alto de um morro, uma casinha solitária. Chegando lá ele bate na porta, e atende um monge chinês velho. Bem velho.
"Posso ajudá-lo?"
"Eu estou morrendo de fome! Posso jantar aqui e passar a noite?"
"Sim. Mas tenho que lhe pedir uma coisa. Você não pode encostar em minha filha, senão sofrerá os três castigos chineses."
"Bom, tudo bem. Pode deixar"
E ele entrou na casa. Tomou um banho e tudo mais, e, quando sentou-se na mesa de jantar, desce uma musa (insiram descrição de mulher aqui) das escadas da casa.
"Eis minha filha" disse o monge.
Bom. Não deu outra. O rapaz saiu de seu quarto durante a madrugada e passou a noite no quarto da filha do monge. Na manhã seguinte, de volta em sua cama, ele acordou com uma pedra gigante no peito, onde dizia "1o castigo chinês: pedra sobre o peito". Ele pegou a pedra (o rapaz era forte) e jogou pela janela, e a pedra começou a rolar morro abaixo. Nisso ele avistou uma corda no chão se desenrolando rapidamente, e leu o seguinte bilhete no chão "2o castigo chinês: testículo esquerdo amarrado à pedra". Desesperado, ele se jogou pela janela e saiu correndo morro abaixo atrás da pedra. Nisso, ele passa por um outdoor (sim, no coração da China) que diz "3o castigo chinês: testículo direito amarrado ao pé da cama.
Fato imbecil do dia: Eu me passo por idiota. E gosto!
Frase do dia: "Puxe a descarga com força; é um longo caminho até o Congresso Nacional."
Temos que tentar compreender o comportamento humano. Certo? Começemos pelo mais básico: as vontades e os anseios. Partirei do seguinte axioma: "toda e qualquer decisão tem como propósito final o prazer individual." Antes que me queimem e esquartejem (não necessariamente nessa ordem), sob acusações de maquiavelismo inescrupuloso, permitam-me que me justifique. Todas as decisões são egoístas, mas não há nada de errado nisto. Como não? Quando se doa um órgão, por exemplo (é agora o exemplo de maior 'altruísmo' que eu consigo imaginar), a atitude é linda, de uma humanidade indiscutível. O doador tomou essa decisão por egoísmo? Sim. Ele tomou esta decisão porque sua vontade particular dizia que ele deveria ver aquela pessoa feliz. Porque _ele_ ficaria feliz quando visse o outro contente. O órgão não foi doado _para_ ver o receptor saudável, mas vê-lo saudável causa felicidade no doador, o que justifica o ato (para quem doa). Precisamos fazer uma claríssima distinção entre causa e conseqüência (confundí-las é uma das maiores chagas da humanidade). Nem todas as atitudes egoístas devem resultar em danos para as outras pessoas, e aí está a beleza disso tudo.
Passada esta introdução, quero falar-vos um pouco, e de maneira pouco específica (não posso dar muitos detalhes porque são coisas que confiaram a mim), sobre o que me aconteceu para eu escrever este monte de bobagens sociológicas. Eu fui feito de idiota por dois amigos meus (não sei se intencionalmente) esses dias. Na verdade já faz um tempo, mas não vem ao caso, pois o assunto ressurgiu hoje. Basicamente, eu fiz uma coisa que ajudou muito uma pessoa. Eles também ajudaram esta pessoa, mas de forma...diferente. O que me irritou é que a ajuda deles foi devidamente reconhecida, e a minha, de igual importância, passou desapercebida. Chamem-me de hipócrita se quiserem, mas reconhecimento é importante para mim sim, e aposto que também é para todo mundo (só que tem gente que tem a cara dura de dizer "que não se importa com reconhecimento").
Agora é que vem a chave do negócio... Minha ajuda se torna menos "bonita" se eu queria algo individualista em troca? Ou, traduzindo, o doador de um rim, ao admitir que doou este órgão porque _ele_, individualmente, queria satisfação própria faz sua atitude ser menos louvável? Acho que não né.. a ajuda, assim como a doação, deve ser julgada pelo quão importante ela foi para quem recebeu (obviamente uma ajuda boa é aquela que melhora bastante a situação do outro), e não pelas intenções de quem a praticou.
Não me interpretem mal, though. Aqueles que são meus amigos sabem que, se necessário, eu vou me fazer de idiota mais milhões de vezes pra ajudá-los, mesmo sem reconhecimento. E, antes que digam que eu caí em contradição, explico: Vou ajudá-los porque quando eu faço isso eu tenho uma sensação prazerosa dentro de mim. O reconhecimento também é bom, mas esta sensação já basta para que eu faça a coisa "certa". Eu ajudo os outros porque EU gosto, e by the way, gosto mais ainda quando reconhecem. Então tratem de reconhecer!
Na finaleira... pode parecer meio que masoquismo me jogar em situações nas quais eu passo por idiota em prol de ajudar meus amigos, sem que eles fiquem sabendo. Mas eu gosto (individualmente e "egoísticamente") de olhar para eles e pensar "vocês dependem de mim, mesmo que não admitam ou nem sequer saibam".
Agora, como eu finalmente escrevi uma coisa polêmica que há muito queria botar, sintam-se à vontade de me xingar.
--- Seção "Do dia" ---
Música do dia: Frank Sinatra - Fly me to the Moon
Piada do dia:
Um cara está perdido na China, quase morrendo de fome e sede. Então ele avista, no alto de um morro, uma casinha solitária. Chegando lá ele bate na porta, e atende um monge chinês velho. Bem velho.
"Posso ajudá-lo?"
"Eu estou morrendo de fome! Posso jantar aqui e passar a noite?"
"Sim. Mas tenho que lhe pedir uma coisa. Você não pode encostar em minha filha, senão sofrerá os três castigos chineses."
"Bom, tudo bem. Pode deixar"
E ele entrou na casa. Tomou um banho e tudo mais, e, quando sentou-se na mesa de jantar, desce uma musa (insiram descrição de mulher aqui) das escadas da casa.
"Eis minha filha" disse o monge.
Bom. Não deu outra. O rapaz saiu de seu quarto durante a madrugada e passou a noite no quarto da filha do monge. Na manhã seguinte, de volta em sua cama, ele acordou com uma pedra gigante no peito, onde dizia "1o castigo chinês: pedra sobre o peito". Ele pegou a pedra (o rapaz era forte) e jogou pela janela, e a pedra começou a rolar morro abaixo. Nisso ele avistou uma corda no chão se desenrolando rapidamente, e leu o seguinte bilhete no chão "2o castigo chinês: testículo esquerdo amarrado à pedra". Desesperado, ele se jogou pela janela e saiu correndo morro abaixo atrás da pedra. Nisso, ele passa por um outdoor (sim, no coração da China) que diz "3o castigo chinês: testículo direito amarrado ao pé da cama.
Fato imbecil do dia: Eu me passo por idiota. E gosto!
Frase do dia: "Puxe a descarga com força; é um longo caminho até o Congresso Nacional."