Monday, September 29, 2008

Las Vegas and back in three days


Depois de umas duas semanas de atraso, lembrei de escrever aqui num horário em que eu tenho tempo de escrever aqui.. So here goes:

Três semanas atrás, o Carlos e a Adriana me convidaram para uma viagem de uns três dias pelo sul de Utah, passando por Nevada e Arizona. A gente deixou a idéia mais ou menos combinada, mas sem uma data muito definida. Na sexta-feira (dia 12), a gente se deu conta que os únicos dias que nós três teríamos livres para fazer a viagem seria logo na semana seguinte. Assim sendo, a gente catou uns hotéis (a Adriana, pra ser mais específico), e fez as reservas pela Internet. O plano era sair no domingo de manhã, almoçar no caminho de Las Vegas, dar umas voltas pelos parques nacionais que tem lá (e pela cidade em si, óbvio), e voltar na terça-feira à noite.
A gente saiu daqui de Salt Lake no domingo de manhã bem cedo (bem cedo == 8h da manhã, which is really early for my lazy ass), e pegou direto a I-15 (uma estrada grande que traça um curso norte-sul desde o Canadá até Los Angeles). O dia estava bem bonito, como é de costume aqui, e como ficou durante toda a viagem. Depois de umas três horas, chegamos em Cedar City, que é mais ou menos na metade do Caminho entre Salt Lake e Las Vegas. A gente decidiu parar lá para almoçar, já que a Adriana também queria tirar umas fotos da cidade. Eu aproveitei para tirar umas fotos of my own (a cidade é bem bonita). Ela é bem pequena, e não sei porque me lembrou de Hill Valley, mesmo sendo bem menor (eu acho :) ).
Depois de Cedar City, a estrada muda um monte de paisagem, porque na primeira metade da viagem é uma grande planície meio sem graça, e depois começam uns vales passando por umas montanhas meio no meio do deserto (meio como uns canyons), e depois começa a região com Redrock (que é a cara bem típica de desertos do sul de Utah..). Essa estrada é a cara da fase do deserto do Road Rash :D
No finalzinho da tarde (perto das 5h, talvez?) a gente se aproximou de Las Vegas. Eu digo "se aproximou" porque essa é bem a sensação que se tem chegando perto. Como é tudo no meio de um deserto gigante, tu dirige um monte sem ver nada de qualquer lado, e daí de repente a tua esquerda tu ve surgindo do horizonte uns quantos prédios e uma coisa que parece uma cidade. Mas é impressionante porque ela surge literalmente do meio do nada. No meio do caminho passamos por uma placa dizendo Nellis Air Force Base, o que foi bem legal (me lembrou de Independence Day)..
Chegando em Vegas, a gente foi direto para nosso hotel, o South Point. O South Point aparentemente é um hotel-cassino relativamente novo (como o Carlos ficou me falando over and over (porque eu fiquei perguntando over and over), tudo em Las Vegas que é hotel também é cassino, e tudo que é cassino também é hotel). O Casino floor não é muito grande, e o hotel não fica bem na The Strip, mas nevertheless o quarto era fantástico e a diária foi ridícula de barata ($40, ao contrário do hotel onde a gente passou a noite seguinte). É bem engraçado, na TV do quarto (flat screen, é claro), tem uns canais específicos para ensinar as pessoas a jogar blackjack, roulette, e tal..
Bom, depois que a gente se achou no quarto e deixou todas as nossas malas, nós saímos do hotel para dar uma volta na The Strip enquanto ainda era dia. A gente deu uma volta rápida pelos cassinos (pelas nossas contas tem pelo menos uns 15 cassinos mainstream na cidade). Dentro dos Cassinos é bem estranho. Tudo é acarpetado (o que é estranho, considerando que as pessoas devem blow their chunks mais frequentemente do que a média por aqui, considerando os copos de Margarita de um metro de altura que tu vê as pessoas carregando...).. Além disso, não tem nenhum relógio em lugar nenhum, e a iluminação é totalmente uniforme. A maioria da área dos cassinos é dedicada só às slot-machines (e só tem velhinhos sentados o dia inteiro jogando.. é meio triste até, porque eles não parecem realmente estar se divertindo...). Depois tem umas mesas de roleta, dados, blackjack, e poker.
A The Strip em si é muito estranha, parece um parque de diversões gigante (mesmo). Vários casinos são meio interligados por umas passarelas gigantes, as calçadas são enormes com os monumentos bagaceiros de cada cassino (bagaceiro as in cheesy, não dirty), e tem várias banquinas com uns caras vendendo bebidas coloridas. Parece um Wet'n'Wild gigante... Além disso, tem um monorail que conecta uns casinos também. Tudo isso é de graça, óbvio. Eles contam com o fato que tu vai gastar uma grana gambling, então eles fazem de tudo para ser fácil de ir entre um casino e outro.
Ficamos mais ou menos uma hora saracoteando por lá, e daí voltamos para o Hotel. Descansamos por uma hora mais ou menos, e daí a gente saiu de novo para a The Strip, dessa vez de noite.
A transformação é impressionante. Durante o dia, os cassinos são meio sem graça, e não parecem muito grandes. De noite, com todas as luzes piscando para lá e para cá, tudo fica bem mais interessante. A gente deu mais uma volta pelos casinos (não ficamos muito tempo, pois como eu já disse, tudo é mais ou menos igual dentro), e comemos comida japonesa em Paris (the casino). Depois disso, a gente deu mais umas voltas e voltamos para o hotel, pois já era meio tarde e a gente estava cansado de tanto caminhar.

No dia seguinte (segunda), acordamos mais ou menos cedo, tomamos café da manhã no hotel (belo café da manhã, por sinal), e pegamos estrada de novo. Dessa vez a 93). Essa é a estrada que passa pela Hoover Dam, que era nossa próxima parada na viagem. É legal que a barragem é a divisa entre Nevada e o Arizona. Chegando lá, a gente deixou o carro em um estacionamento (a barragem é um ponto turístico bem famoso, então tem estacionamento só para isso). O lugar é fantástico. O tamanho da barragem é inacreditável (e ela não é nem uma das maiores do mundo...). O mais inacreditável é que ela foi construída na década de 30! Isso não só é muito velho, mas também é no meio da maior crise econômica ever! (bom, talvez não mais heheh)..
Depois de várias fotos, e um par de óculos escuros novos para o Carlos, a gente seguiu em diante para a próxima parada: The Grand Canyon National Park. No caminho entre os dois, a gente passou por uma cidadezinha totalmente minúscula na Historic Route 66. A cidade tem a mesma cara de Radiator Springs, e a gente almoçou lá, num tal de Roadkill Café. Apesar do nome, a comida estava ótima. Depois disso, seguimos para o Grand Canyon.
Chegando lá, o parque não tem muita coisa para fazer. A gente deixou o carro em um estacionamento e foi até um mirante, de onde eu tirei umas quantas fotos. A nossa conversa em português atraiu um sujeito que também era brasileiro, que nos pediu para tirar umas fotos dele.. O lugar é bem bonito, e com certeza é totalmente impressionante. Mas ao mesmo tempo, é tão grande, mas tão grande, que fica meio difícil de grasp it. 
Depois de umas fotos, saímos de lá de novo e pegamos a estrada para Page, onde a gente reservou um hotel para passar a segunda noite (esse custou $200 dólares a diária -_- ). No caminho tem um lugar que o Carlos queria encontrar, que é uma saidinha da estrada, bem no meio do nada, mas que tu estaciona o carro, anda uns 100 metros, e fica diante de um canyon gigante (bem menor que o Grand Canyon, o que é bem mais bonito, porque tu consegue apreciar as coisas). A gente conseguiu achar o lugar sem problemas, e chegou lá na hora certa, porque o Sol estava se pondo, o que nos deu a iluminação perfeita para mais fotos.
Depois disso, já de noite, continuamos no caminho para Page, ouvindo Car Talk (Paulinho, tu vai gostar desses podcasts!). Chegando em Page, a gente beliscou alguns lanches separados para a viagem, e nos instalamos no hotel. O quarto também era muito bom, e tinha internet wireless. De novo, a gente estava meio cansado, então só deixamos as coisas no quarto e fomos dormir (sem deixar de assistir a algumas notícias sobre a crise financeira, que estava no auge nessa semana :P).
Na terça feira, acordamos e tomamos café da manhã no hotel. O restaurante do hotel tem uma vista fenomenal para o Lake Powell, que é um lago artificial de represa também, onde as pessoas fazem wakeboarding e tal. Bem bonito.
Depois disso, pegamos a estrada em direção à nossa última parada: Zion National Park. A viagem durou umas quatro horas, e chegamos lá mais ou menos perto do meio dia. O parque é o mais bonito da viagem, hands down. Ele é como um vale, no meio de um monte de canyons, então a gente entra com o carro, e desce uma estrada que vai winding até a base do canyon. Chegando lá, tu olha para qualquer lado, e só vê montanhas gigantes de Redrock. Várias fotos legais. Dentro do parque, tem um visitor lodge, onde a gente deixou o carro. Dali tem uma shuttle que leva as pessoas para o começo das várias trilhas que tem para fazer no parque. Na verdade, as pessoas não são permitidas de andar de carro, para diminuir a poluição, então todo mundo usa o shuttle. A trilha que gente escolheu era uma que ia até a base de um canyon bem estreito, por onde corre um riachinho. No final da trilha, a gente tirou os tênis e continuou a pé para dentro deste canyon por mais ou menos uma hora, subindo o rio. No final, mais oportunidade para umas fotos bem legais. Depois disso, a gente decidiu ir voltando porque já era mais ou menos tarde, e a viagem de volta até SLC é compridinha. Ah! tinham uns esquilos bem bonitinhos na trilha, que foram devidamente fotografados.
No final do dia, pegamos o carro de novo e uma três horas mais tarde, estávamos de volta em SLC. Depois de umas 1200 milhas e três dias, estávamos em casa de novo. All in all foi uma viagem bem legal, e eu não vejo a hora de repetir a dose (talvez para outro lugar :) )

PS: Faz dois meses que eu estou aqui. O tempo tá passando bem rápido. Por enquanto eu ainda acho isso tri bom, porque ainda estou na fase em que eu penso um monte em voltar para rever todo mundo aí no Brasil :). Ah! Todas as fotos da viagem já tão no Flickr, em um set separado.