Sunday, October 16, 2005

Right. But I prefer it my way.

Vi "Lord of War", ou "Senhor das Armas". Aquele com o Nicholas Cage, que o cartaz é um mosaico de cartuchos, balas e munição em geral formando o rosto do ator. O filme é excelente. A história gira em torno da vida de um traficante de armas, desde o começo da carreira, passando pelo seu ápice (momento no qual ele vende tanques de guerra da Ex-União Soviética e helicópteros de Ataque Mi-24 Hind), e indo até a decadência e o momento final de redenção, seguindo a trajetória normal de todos os filmes afins. Nesse meio tempo ele xinga a comida do irmão dele, Vitaly Orlov (o nome do pinta principal é Yuri Orlov), casa-se com uma modelo e encontra o Bilbo Baggins.

Saindo do filme I couldn't help but notice, como provavelmente todo mundo da sessão, vários paralelos possíveis com o que está acontecendo por agora no Brasil, namely Desarmamento. Pessoalmente sou contra, mas não vou votar. O que eu acho que vai acontecer é que todo mundo que é favorável ao Sim vai sair do filme dizendo: "viu só? É isso que acontece com armas! Viu só a violência? A repressão? O horror?". Porque make no mistake, o filme sem dúvida alguma mostra uma crítica fortíssima (um tanto perturbadora até) da venda indiscriminada de armas. Mas o detalhe que muita gente vai esquecer é justamente o seguinte: O Yuri Orlov é _traficante_ de armas. Ele _NÃO_ vai deixar de vender as armas dele, caso a proibição do comércio seja aprovada. A violência que se vê no filme _NÃO_ vai ser resolvida com a proibição das armas de fogo.

Agora só um pequeno parêntese sobre por que eu sou contra o desarmamento. São dois motivos, um maior que outro:
- Eu penso que, por definição, o direito do indivíduo de se defender não pode ser vetado por uma lei, mas sim abdicado por opção própria, se for o caso (eu por exemplo não tenho intenção nenhuma de jamais ter uma arma).

- É fato que, em um país funcional, em uma situação ideal, na qual se possa contar com a polícia e demais serviços públicos, qualquer medida que vá diminuir o número de armas em circulação é louvável. Acontece que o Brasil está longe de ser um país funcional, e sua situação é qualquer menos ideal. A reposta moralmente correta talvez até seja o Sim, mas para garantir nossa sobrevivência em uma nação corrupta como esta, temos que votar Não.

PS: Antes que me enforquem, eu quero deixar bem claro o seguinte: Eu votaria no Não mas não tenho absolutamente nada contra quem votará no Sim. Isso porque uma votação é exatamente para isto: Pessoas com opiniões diferentes podem ter participação igual na decisão. Em suma, é possível discordar pacificamente, por mais que muita gente teime em não se convencer disto.
--- Seção "Do dia" ---

Michael Jackson - Bad

Piada do dia:
A chuva desgraçada que estragou nosso programa no Stock Car Brasil! E mais piada ainda foi a torcida jogando coisas na pista quando a corrida foi cancelada...

Fato imbecil do dia: A descoberta do "Sabia preemptivo." Vou falar disso outro dia, prometo.
Frase do dia: "The problem with dating dream girls is that they have a tendency to become real."
Nicholas Cage - Lord of War
(frase totalmente desconexa do tema principal do filme, mas estranhamente pertinente. Go figure)

1 Comments:

Blogger Felipe Rijo said...

Ninguém vai te enforcar por votar Não, muito pelo contrário. Não conheço ninguém fora a mídia demagoga que vote sim. Se o não ganhar, podemos comprar armas, arrastar os que votarem no sim para as ruas e atirar neles!

3:36 PM  

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